De
acordo com o DSM 5 (manual diagnóstico dos transtornos mentais), o medo de
dirigir pode ser diagnosticado como uma fobia específica. Porém, um diferencial
importante para a conceituação dos transtornos de ansiedade é compreender os
pensamentos envolvidos nas reações de medo. Sendo assim, há diversos tipos de
medo de dirigir, e alguns deles mais se parecem com outros transtornos do que
com uma fobia específica. O medo de dirigir pode ser uma manifestação
relacionada a outros transtornos de ansiedade, como agorafobia, transtorno do
pânico, fobia social,
Ainda
de acordo com o DMS 5 (manual diagnóstico dos transtornos mentais), um dos
sintomas do TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) está relacionado aos
sintomas de evitação, que refletem a tentativa de se distanciar física e
psicologicamente do trauma ocorrido, como por exemplo o medo de rampa devido a
uma experiência negativa ao dirigir em rampas.
Já
foi sugerido que os sintomas de evitação são uma resposta à revivescência dos
sintomas. À medida que as recordações traumáticas invadem a consciência, o
mesmo acontece com as emoções negativas dolorosas associadas ao trauma. Sendo
assim, o indivíduo pode evitar pensamentos e sentimentos relacionados a dirigir
em rampas, bem como situações e eventos que o lembrem, ou em alguns casos, pode
acabar se esquecendo de aspectos importantes do trauma.
A
evitação da recordação traumática leva a uma redução temporária das emoções
dolorosas, mas, aumenta o comportamento de evitação (assim, o paciente evita ao
máximo dirigir em rampas e busca caminhos que evitem tais situações). Pessoas
que passaram por episódios traumáticos frequentemente relatam ter estilos de
vida muito restritos após a experiência traumática, devido à necessidade de
evitar coisas que lembrem a memória traumática e emoções associadas a ela.
Apresentar
os sintomas de evitação depois de uma situação traumática não indica que o
indivíduo tenha TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) porque esse
diagnóstico necessita de inúmeros outros comportamentos para se concretizar,
por isso, apresentar somente os sintomas de evitação indicam que a situação
traumática ainda impede que o indivíduo lide com a situação e evite, mas não
possui o TEPT.
Por
meio do pareamento, o indivíduo relaciona sua situação traumática com todas as
outras possíveis situações que podem ocorrer futuramente e acredita que a mesma
situação poderá se repetir. Por esse motivo, durante a terapia e do acolhimento,
o paciente passará a entender seu trauma por outros ângulos e pontos de vista
de forma que compreenda a baixa probabilidade de o trauma se repetir.
A
TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) auxilia na mudança de pensamentos e assim,
consequentemente o paciente possui mudança positiva de sentimentos e
comportamentos associados ao medo que apresenta.
Além
disso, o monitoramento utilizado durante as sessões auxilia na diminuição da
estratégia de evitação dos pacientes, uma vez que eles passam a criar o hábito
de enfrentar o medo, mas de forma gradual, aos poucos e com auxílio de
profissionais qualificados, garantindo assim o menor estresse possível para o
paciente.